Moramos aqui em Itanhaém há quase cinco anos e deixamos em São Paulo, nossa cidade natal, parentes, filhos e muitos amigos. Entre esses amigos, um casal especialmente amigo. Digo, especialmente porque eles foram e são muito especiais na nossa vida ainda hoje. Sabe aquelas pessoas que, pode passar o tempo que for e a gente não consegue esquecer? Então, eles são assim... especiais, queridos, gente boa mesmo daquelas que a gente não se cansa de estar junto. Falo do Paulo e da Rita. Eles são dentistas em São Paulo e trabalham muito prá manter os 3 filhos na faculdade e ainda servem a Deus na comunidade. Posso dizer também, com muita tranquilidade, que são nossos anjos da guarda!
Durante certo tempo, eu e minha família passamos por uma situação financeira muito difícil, dessas em que tudo (de ruim) acontece ao mesmo tempo e, naquele tempo a gente ainda não conseguia lidar muito bem com a situação com serenidade, porque nunca havíamos passado por situação semelhante, com tanta dificuldade.
Bem, o Paulo e a Rita nessa época tocavam num ministério de música, me lembro bem... “Som do céu” e eles eram muito bons. Ainda começávamos nossa longa caminhada na RCC e naquela época havia muitos congressos, cenáculos, enfim muitos eventos da RCC em São Paulo e nós acompanhávamos com muita euforia tudo aquilo. Pra mim, Paulo e Rita e todo o resto da banda eram inacessíveis, distantes. Mas, por um acaso eles eram da mesma comunidade paroquial que a nossa e fatalmente começamos a nos conhecer melhor. Eu tocava violão e acabou que eu e o Marcos fomos cantar nas missas e o Paulo e a Rita tocavam e cantavam nas missas também. Por um bom tempo eu não acreditava que poderia ter uma amizade legal com eles, por que vivíamos uma situação muito, muito difícil e não dava pra fazermos parte do grupo de amigos deles devido nossa situação financeira (era o que nós pensávamos). Mas como pra Deus nada é impossível e quando Ele quer não adianta a gente discutir, aconteceu que fomos nos aproximando cada vez mais a partir das dificuldades lá de casa.
Estávamos numa situação tão delicada que não podíamos nem comprar o alimento necessário pro dia a dia. A Thaís era muito pequena, tomava muito leite com Nescau e muitas vezes nós não tínhamos como comprar, pois estávamos desempregados, as contas foram acumulando, tentávamos pagar o aluguel, várias vezes cortaram a luz, a água, enfim, o dinheiro não dava e nossa vida era muito complicada. Mas nunca nos afastamos de Deus, pelo contrário, era só o que nos restava. Não saíamos da igreja.
Lembro-me que nas missas e nos grupos de oração eu chorava muito, me sentia perdida, sem solução pros nossos problemas e as pessoas da comunidade ficaram sabendo da situação (talvez porque eu chorava frequentemente) e se dispuseram a nos ajudar. Um dos primeiros casais que foi a nossa casa levar alimento, quem diria, foi o Paulo e a Rita e ainda me lembro que a Páscoa estava chegando e eles levaram até ovos de Páscoa pros nossos filhos (a Fernanda e o Marquinhos eram pequenos ainda). Lembro-me também que não acreditei quando os vi no portão da minha casa, da minha humilde casa levando aquele monte de coisas. Desse dia em diante a amizade foi crescendo, a imagem que eu tinha deles de pessoas diferentes de mim foi se apagando e sempre que nos encontrávamos conversávamos bastante e gente, vocês não sabem como é bom conversar com eles! A Rita é a delicadeza em pessoa e tem uma sabedoria que vem de Deus mesmo, pessoa de oração, que transmite segurança e que tem muita firmeza nas decisões, tem o dom da oração e o dom de acalmar tudo o que tiver atribulado. O Paulo, meu Deus, o que dizer do Paulo... pessoa gentil, boníssima, correta, solícita, de um humor ímpar (a gente ri muito com ele) e um homem de Deus que canta e toca violão como ninguém e toda vez que me via chorando ele cantava pra mim uma canção que diz assim: “... Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos, Deus faz novas todas as coisas!...” E de tanto que eu chorava essa canção se tornou um hino a mim e uma profecia também. Deus fez maravilhas na minha vida, ainda faz e fará novas todas as coisas.
Tenho a dizer que aprendi demais com esse casal e com seus filhos (Bruna, Mirella e Breno). Morro de saudades deles, das conversas, das canções, das festinhas na casa deles, aliás, ninguém faz festa como eles e admito que me enganei quando achei que eles eram muito distantes do meu mundo. Ao contrário, são pessoas muito próximas de todo tipo de gente, sem discriminação e principalmente sem olhar se temos dinheiro no bolso. Foi um tempo muito difícil e de muita humilhação pra minha família devido à falta de dinheiro e a falta de tudo, mas mesmo assim através deles conhecemos muitas pessoas de Deus e todas foram muito solidárias conosco durante esse tempo difícil. Conhecemos um coral católico inteiro (umas 60 pessoas) e fizemos parte dele durante um bom tempo. Quanta gente boa nesse coral... "Cantores da Glória", que saudades!
Amamos vocês e fiz questão de falar de vocês no blog porque continuam, apesar da distância, sendo muito importantes na nossa vida.
Vocês são inesquecíveis e que Deus os abençoe muito a cada dia!
Resolvi escrever sobre esses meus amigos hoje, porque me senti meio angustiada e triste devido a alguns problemas que aconteceram e estão acontecendo comigo nessa semana, mas que em nome de Jesus serão resolvidos da maneira que Ele quiser e acabei chorando. Daí lembrei-me da música, deles e dos bons amigos que deixamos em Sampa.
Durante certo tempo, eu e minha família passamos por uma situação financeira muito difícil, dessas em que tudo (de ruim) acontece ao mesmo tempo e, naquele tempo a gente ainda não conseguia lidar muito bem com a situação com serenidade, porque nunca havíamos passado por situação semelhante, com tanta dificuldade.
Bem, o Paulo e a Rita nessa época tocavam num ministério de música, me lembro bem... “Som do céu” e eles eram muito bons. Ainda começávamos nossa longa caminhada na RCC e naquela época havia muitos congressos, cenáculos, enfim muitos eventos da RCC em São Paulo e nós acompanhávamos com muita euforia tudo aquilo. Pra mim, Paulo e Rita e todo o resto da banda eram inacessíveis, distantes. Mas, por um acaso eles eram da mesma comunidade paroquial que a nossa e fatalmente começamos a nos conhecer melhor. Eu tocava violão e acabou que eu e o Marcos fomos cantar nas missas e o Paulo e a Rita tocavam e cantavam nas missas também. Por um bom tempo eu não acreditava que poderia ter uma amizade legal com eles, por que vivíamos uma situação muito, muito difícil e não dava pra fazermos parte do grupo de amigos deles devido nossa situação financeira (era o que nós pensávamos). Mas como pra Deus nada é impossível e quando Ele quer não adianta a gente discutir, aconteceu que fomos nos aproximando cada vez mais a partir das dificuldades lá de casa.
Estávamos numa situação tão delicada que não podíamos nem comprar o alimento necessário pro dia a dia. A Thaís era muito pequena, tomava muito leite com Nescau e muitas vezes nós não tínhamos como comprar, pois estávamos desempregados, as contas foram acumulando, tentávamos pagar o aluguel, várias vezes cortaram a luz, a água, enfim, o dinheiro não dava e nossa vida era muito complicada. Mas nunca nos afastamos de Deus, pelo contrário, era só o que nos restava. Não saíamos da igreja.
Lembro-me que nas missas e nos grupos de oração eu chorava muito, me sentia perdida, sem solução pros nossos problemas e as pessoas da comunidade ficaram sabendo da situação (talvez porque eu chorava frequentemente) e se dispuseram a nos ajudar. Um dos primeiros casais que foi a nossa casa levar alimento, quem diria, foi o Paulo e a Rita e ainda me lembro que a Páscoa estava chegando e eles levaram até ovos de Páscoa pros nossos filhos (a Fernanda e o Marquinhos eram pequenos ainda). Lembro-me também que não acreditei quando os vi no portão da minha casa, da minha humilde casa levando aquele monte de coisas. Desse dia em diante a amizade foi crescendo, a imagem que eu tinha deles de pessoas diferentes de mim foi se apagando e sempre que nos encontrávamos conversávamos bastante e gente, vocês não sabem como é bom conversar com eles! A Rita é a delicadeza em pessoa e tem uma sabedoria que vem de Deus mesmo, pessoa de oração, que transmite segurança e que tem muita firmeza nas decisões, tem o dom da oração e o dom de acalmar tudo o que tiver atribulado. O Paulo, meu Deus, o que dizer do Paulo... pessoa gentil, boníssima, correta, solícita, de um humor ímpar (a gente ri muito com ele) e um homem de Deus que canta e toca violão como ninguém e toda vez que me via chorando ele cantava pra mim uma canção que diz assim: “... Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos, Deus faz novas todas as coisas!...” E de tanto que eu chorava essa canção se tornou um hino a mim e uma profecia também. Deus fez maravilhas na minha vida, ainda faz e fará novas todas as coisas.
Tenho a dizer que aprendi demais com esse casal e com seus filhos (Bruna, Mirella e Breno). Morro de saudades deles, das conversas, das canções, das festinhas na casa deles, aliás, ninguém faz festa como eles e admito que me enganei quando achei que eles eram muito distantes do meu mundo. Ao contrário, são pessoas muito próximas de todo tipo de gente, sem discriminação e principalmente sem olhar se temos dinheiro no bolso. Foi um tempo muito difícil e de muita humilhação pra minha família devido à falta de dinheiro e a falta de tudo, mas mesmo assim através deles conhecemos muitas pessoas de Deus e todas foram muito solidárias conosco durante esse tempo difícil. Conhecemos um coral católico inteiro (umas 60 pessoas) e fizemos parte dele durante um bom tempo. Quanta gente boa nesse coral... "Cantores da Glória", que saudades!
Amamos vocês e fiz questão de falar de vocês no blog porque continuam, apesar da distância, sendo muito importantes na nossa vida.
Vocês são inesquecíveis e que Deus os abençoe muito a cada dia!
Resolvi escrever sobre esses meus amigos hoje, porque me senti meio angustiada e triste devido a alguns problemas que aconteceram e estão acontecendo comigo nessa semana, mas que em nome de Jesus serão resolvidos da maneira que Ele quiser e acabei chorando. Daí lembrei-me da música, deles e dos bons amigos que deixamos em Sampa.
Anjos da Guarda também são pessoas que Deus coloca no nosso caminho prá mostrar a direção certa a ser seguida, através de palavras, ações ou simplesmente prá mostrar com a vida que tudo é possível aos olhos da fé.
Que Deus abençoe a todos!
Que Deus abençoe a todos!
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